Junho de 2025.

 

A inspiração para essa obra veio de alguém que conheço e admiro pelo Instagram.

Conheci o Romeo Subas por acaso, mas nada do que ele faz parece ser por acaso. Ele é alguém que consegue brincar com as expectativas e transformar estilo em linguagem e presença em manifesto.

 

Ele me inspirou porque ele carrega no visual e na atitude uma mistura de confiança e ironia, como quem sabe que o sucesso é uma construção. É alguém que não pede permissão pra existir do jeito que quer, é alguém que mistura o kitsch com o elegante e o exagero com o detalhe minimalista.

 

As folhagens pintadas na obra remetem à estética tropical e referenciam diretamente a sala de estar de Romeo, cenário onde ele grava seus reels. Esse detalhe traz uma camada de intimidade e reconhecimento visual pra quem o acompanha, reforçando a ideia de que o espaço também é personagem. A estética maximalista, com plantas exuberantes e móveis marcantes, aparece aqui como pano de fundo simbólico, quase como um palco onde Romeo atua.

 

A inclusão em carbono e marcador permanente do maçarico, com ilustrações e numerações como em registros de patente faz referência ao Romeo como private chef.

 

A frase “to be or not to be”, de Shakespeare (que foi quem escreveu “Romeo and Juliet”), é interrompida por riscos, como se a dúvida existencial fosse substituída por uma afirmação implícita: “ser” é inevitável.

 

Enfim, essa obra nasceu dessas observações. Não sobre copiar Romeo, mas sobre traduzir em pintura o que ele me faz sentir: essa vontade de desafiar o previsível, de misturar as cores, de juntar o belo com o caótico e de questionar o que é o tal do "ÉXITO".